sábado, 4 de setembro de 2010

O metro de Teerão

Cavalo e comboio/H.Tavakkoli/Baixo relevo/Estação do metro de Teerão de Shahid Beheshti


           A criação/H.Aliasgari/Metal/Estação do metro de Teerão de Javanmard-e-Ghassab


Um passo em frente/A.Hakymhashemi/Metal/Estação do metro de Teerão de Haft-e-Tir


As pessoas e as instituições que neste momento detêm o poder de decisão no Irão não serão as mais desejáveis para o interesse do seu povo. Não serão também as mais dignas do passado desse povo e da cultura que desde muito antes da cultura clássica greco-romana se desenvolveu naquela terra, no prolongamento da cultura dos sumérios, junto do Eufrates e do Tigre.
Nos museus de Teerão vê-se o que podemos ver nas fotografias dos livros de história das escolas. O código de Hamurabi (cópia, uma vez que o original foi levado pelos ocidentais), leões e touros alados de Persepolis, baixos relevos de Susa e Pasargade.

A presença de algumas palavras "farsi" (persas) no vocabulário das línguas ocidentais mostra a importancia da sua cultura:
- para dasa - deu paraíso, revelando, se interpreto bem a teoria da linguagem, que o conceito filosófico de paraíso, e as noções de bem e do mal, nasceram por aqueles sítios, influenciando as religiões judaica e indu;
- hashashin - deu assassino, com origem num grupo, que hoje se consideraria de terroristas, que se drogavam com haxixe para realizarem os seus assaltos, conforme relatou Marco Polo
- shak - através do árabe sakke deu saque e cheque; os comerciantes persas da dinastia sassanida (séc III DC) introduziram as letras de cambio e os cheques para evitar o uso de moedas ; através dos comerciantes árabes esses procedimentos bancários foram transmitidos aos cavaleiros templários e daí a toda a Europa mercantil.
Existe uma vida cultural e universitária intensa no Irão e o país está aberto às tecnologias.
As imagens acima reproduzem três obras de arte no metro de Teerão e com isso pretendo significar que é por aí que o diálogo  pode começar, pela técnica e pela arte, entre técnicos e entre pessoas da cultura. Os políticos deviam vir atrás, como personagens secundárias e suficientemente humildes para aprender. Infelizmente a humildade não parece ser o seu forte, quer dos políticos de lá, quer dos políticos de cá. E assim demorará a resolver o problema.




 








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