terça-feira, 14 de setembro de 2010

Saídas para a crise

Devemos seguir as recomendações dos sábios para sair da crise.
O Ministério da Administração Interna, por exemplo, determinou que apenas o comandante geral da GNR e o seu chefe de estado-maior terão direito a automóveis de serviço. O transporte de carga deverá, sempre que possível, ser assegurado por veículos de tração animal.
Devo esta informação ao DN, que está a publicar documentos do tempo da I Republica, para comemorar os 100 anos da Republica. A data data de tal determinação é 4 de Fevereiro de 1920.
Tambem de muito interesse é a recomendação do senhor Grandella, em entrevista de março de 1920, apoiando o decreto que restringe a imprtação de objetos de luxo, mas garantindo que a industria do luxo dá trabalho e emprego. O título da entrevista era "A vaidade dos ricos é sustento dos pobres". Seria uma variante do que Almeida Garret dizia, que são precisos 14 pobres para fazer um rico.
Em 7 de Janeiro de 1911 a notícia era que o senhor ministro da administração interna estava a ultimar a lei eleitoral. E que, segundo informações fidedignas (esta mania que há desde sempre em Portugal de fazer as coisas em sigilo) , será adotado em parte, o sistema proporcional e a nova lei assentará em bases essencialmente democráticas.
Seria extremamente importante que os senhores políticos de agora compreendessem isto, que o sistema proporcional, com mais ou menos variação dos coeficientes de divisão, é essencialmente democrático.
Que me perdoem os defensores dos circulos uninominais, mas as minorias precisam de se poder exprimir, quanto mais não seja para obrigar as maiorias a fundamentar melhor as suas propostas.

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